Vida & Obra


Edgar Allan Poe

Nasceu em 19 de janeiro de 1809 em Boston, Massachusetts. Ficou órfão aos dois anos de idade e foi enviado à Escócia e à Inglaterra para fazer seus estudos. Na Universidade da Virgínia, se tornou alcoólatra e grande adepto do jogo. Publicou seu primeiro livro de poesias em 1827. Seus poemas são pouco numerosos, mas compreendem versos de primeira classe, especialmente a admirável composição O Corvo, que tanto em prosa como em verso tem sido vertida para várias línguas. Poe também é autor do romance O relato de Arthur Gordon Pym (que inspiraria Melville em seu clássico Moby Dick) e de contos antológicos, entre eles, Assassinatos na rua Morgue e Histórias extraordinárias. Suas narrativas de terror, de mistério e policiais são marcos na história da literatura, tendo influenciado grandes autores como Conan Doyle, Agatha Christie, G. K. Chesterton. Jorge Luis Borges etc.

Um espírito desequilibrado e uma alma atribulada fizeram Poe levar sempre uma vida de miséria e de desespero, mas senhor, ao mesmo tempo, da maior figura do romantismo americano e o mais universalmente conhecido dos seus escritores. Sua própria vida foi um desses romances vividos que fornecem alta matéria para os romancistas. Devido aos excessos alcoólicos, Poe morreu em 7 de outubro de 1849 em Baltimore.



Cronologia biobliográfica:


1809 – Boston. Nascido a 19 de janeiro.
1811 – Richmond, Virginia. A mãe de Poe morre em dezembro, deixando três filhos pequenos aos cuidados de amigos. Edgar Poe é levado para a casa de John Allan, um comercian­te de Richmond.
1815-1820 – Londres. Freqüenta academias clássicas na Inglaterra, enquanto John Allan cuida de seus interesses comerciais.
1820-1825 – Richmond. Os Allans retornam aos Estados Unidos em 1820. Poe é matriculado em duas academias de Richmond, onde se destaca em línguas, esportes e travessuras. Compõe diversas sátiras em verso, no formato de dísticos ou parelhas, todas perdidas atualmente, à exceção de “O, Tempora! O, Mores!” (Que tempos! Que costumes!)
1826 – Charlottesville. Ingressa na Universidade de Virginia e se destaca em Línguas Românicas antigas e modernas (neolatinas). Perde dois mil dólares no jogo; Allan se recusa a pagar a dívida e retira Poe da universidade.
1827-1828 – Boston e Charleston. Engaja-se no exército dos Estados Unidos sob o pseudônimo de “Edgar A. Perry”, sendo designado para Fort Independence no porto de Boston. Nesse verão, vê impresso seu primeiro livro – um pequeno volume de menos de doze peças poéticas, Tamerlane and Other Poems, escritos “Por um Bosto­niano”, o qual, além do trabalho que lhe dá o título, inclui poemas como “Dreams” (Sonhos), “Visit of the Dead” (A visita dos mortos), “Evening Star” (Estrela vespertina) e “Imitation” (Imitação), revisado como “A Dream Within a Dream” (Um sonho dentro de um sonho). Em novembro de 1827, a unidade de Poe é trans­­ferida para o sul dos Estados Unidos.
1829 – Richmond, Filadélfia e Baltimore. Em abril, algumas se­manas após a morte da senhora Allan, Poe dá baixa do exército. Encontra um editor para uma edição levemente aumen­tada de seus poemas em Baltimore, onde vive por algum tempo com parentes. Em dezembro, Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems aparece, com o acréscimo de meia dúzia de novos trabalhos às versões revisadas dos poe­mas de Tamerlane, incluindo o irônico “Sonnet – To Science” (Soneto à ciência), o burlesco “Fairy-Land” (O país das fadas) e um “Preface” em verso (que posterior­mente foi expandido para originar uma “Introduction” meio séria, meio cômica para a edição de 1831 dos poemas; e, ainda mais tarde, reduzido para “Romance”).
1830 – West Point. Ingressa na Academia Militar de West Point. Novamente se destaca em línguas. Torna-se conhecido entre os cadetes por seus versos cômicos a respeito dos oficiais. Enquanto isso, John Allan se casa novamente e descobre uma carta em que Poe comenta que “O sr. A. não se encontra muito freqüentemente sóbrio” (datada de 3 de maio de 1830), que serve de motivo para que corte relações com Poe.
1831 – Nova York e Baltimore. Não recebendo mais a mesada de John Allan, Poe dá um jeito de “desobedecer ordens” (aparentemente sem envolver nada mais sério que faltar a aulas ou deixar de ir aos serviços religiosos) e deste modo obtém baixa do exército. Poems: Second Edition, agora sob o nome de “Edgar A. Poe”, é publicado em Nova York nessa primavera. Inclui extensas revisões de “Tamerlane”, “Al Aaraaf” e outros de seus primeiros poemas, do mesmo modo que meia dúzia de composições novas: “To Helen”, “Israfel”, “The Doomed City” (A cidade condenada) que foi posterior­mente revisado como “The City in the Sea” (A cidade do mar), “Irene” (posteriormente revisado como “The Sleeper” – A adormecida), “A Paean” (revisado como “Lenore”) e “The Valley Nis” (revisado como “The Valley of Unrest” – O vale da inquietação). O volume também inclui uma introdução em prosa, intitulada “Letter to Mr.——”, que expõe uma visão da arte altamente romântica. Passa a viver com sua tia, Maria Clemm, e sua prima, Virginia, em Balti­more. Submete vários contos a um concurso anunciado pelo jornal Philadelphia Saturday Courier.
1832 – Baltimore. O Courier publica cinco de seus contos satíricos ou burlescos a intervalos regulares, entre janeiro e dezembro: “Metzengerstein”, “The Duke de L’Omelette”, “A Tale of Jerusalem”, “A Decided Loss” (Uma perda inegável), primeira versão de “Loss of Breath” (Perda de respiração); e “The Bargain Lost” (O negócio gorado), primeira versão de “Bon-Bon”.
1833-1834 – Baltimore. No verão de 1833, Poe apresenta outro conjunto de contos em um concurso patrocinado pelo Balti­mo­re Saturday Visiter; estes são a primeira série de uma coleção de paródias que nunca chegou a ser publi­ca­da. Poe pretendia intitulá-la The Tales of the Folio Club, que nesta ocasião incluíam, além das cinco histórias publicadas no Cou­rier, “Some Passages in the Life of a Lion” (depois “Lionizing”) (Algumas passagens da vida de um leão – depois Celebridade); “The Visionary” (depois revisado como “The Assignation” – A atribuição); “Shadow” (Sombra); “Epimanes” (depois “Four Beasts in One” – Quatro feras em uma); “Siope” (mais tarde, “Silence”); e “MS. Found in a Bottle” (Manuscrito encon­trado em uma garrafa). Este último ganha o primeiro prêmio de cinqüenta dólares, enquanto “The Coliseum” rece­be o segundo lugar na competição de poesia; ambos são impressos pelo Visiter em outubro de 1833. Vende “The Visionary” para a revista Godey’s Lady’s Book, onde aparece em janeiro de 1834, sendo a primeira publicação de Poe em uma revista de ampla circulação. Em março de 1834, morre John Allan, omitindo qualquer menção a Poe em seu testamento.
1835 – Richmond. Passa a colaborar no jornal Messenger em março; envia grande número de trabalhos para suas páginas durante esse ano: diversos poemas, a primeira parte de um drama em versos, Politian; e cinco contos novos, o gótico “Mo­rella”, o gótico-burlesco “Berenice”, o cômico “Hans Phaal”, o satírico “King Pest” e o pseu­dogótico “Shadow” (Sombra). Além disso, escreve uma coluna sobre eventos literários correntes e faz mais de trinta revisões de livros. Entre as revisões, encontra-se uma demolição da novela Norman Leslie, de autoria de Theodore S. Fay. Estas revisões, combinadas a seus ataques constantes às “cliques literárias” nortistas, começaram a granjear para Poe o título de “Tomahawk Man” (O homem da machadinha). A circulação do Messenger subiu dramaticamente. Enquanto isso, de Baltimore, Maria Clemm sugere que Virginia pode passar a morar com um de seus primos e Poe prontamente escreve para pedir a mão de Virginia em casamento. Em setembro, ele retorna a Bal­ti­mo­re, ocasião em que pode ter casado secretamen­te com ela. Em outubro, Poe traz Maria Clemm e Virginia para Richmond. Em dezembro, White, o proprietário do jornal, oferece a Poe o cargo de editor do Messenger, que agora goza de plena prosperidade.
1836 – Richmond. Em maio, Poe casa-se publicamente com Vir­ginia Clemm, que ainda não completou quatorze anos. Seu trabalho constante para tornar o Messenger uma das mais importantes publicações de crítica literária é indicado pelo grande número de revisões que ele escreve para serem publi­cadas nele – mais de oitenta. Entre estas se encontra outra sátira flamejante, a revisão da novela Paul Ulric, de Morris Matson; outras revisões incluem, além de ataques contra escritores presentemente esquecidos, duas revisões louvando os primeiros trabalhos de Dickens, além de exercícios sobre definição crítica.
1837-1838 – Nova York e Filadélfia. Disputa com White por con­si­derar baixo o seu salário, em janeiro de 1837; pede demissão do Messenger e leva sua pequena família para Nova York. Passa os dois anos seguintes como contribuidor independen­te em Nova York e Filadélfia, antes de conseguir outro cargo de editor. Publica poemas e contos, incluindo a história cômi­ca “Von Jung the Mys­tic”, o conto gótico “Ligeia” e as duas histórias satíricas que formam um conjunto, “How to Write a Blackwood Article” (Como escrever um artigo de Blackwood) e “The Scythe of Time” (A foice do tempo), mais tarde reintitulada “A Predicament” (Uma situação embaraçosa). Em julho de 1838, sua única novela, O relato de Arthur Gordom Pym, que tinha sido publicada em forma de seriado no Mes­sen­ger, durante o ano de 1837, agora é publicada em Nova York, sob formato de livro.
1839 – Filadélfia. Relaciona-se com William Burton e, em maio, torna-se editor associado da revista Burton’s Gentleman’s Ma­gazine, contribuindo com um artigo assinado por mês, além de escrever a maior parte das revisões de livros. Suas primei­ras contribuições incluem o conto satírico “The Man That Was Used Up” (O homem que foi consumido) e os contos gó­ticos “The Fall of the House of Usher” e “William Wilson” (ambos publicados neste volume). Envolveu-se na reda­ção de um livro-texto de caráter duvidoso, The Concholo­gist’s First Book (O primeiro livro do conquiliolo­gis­ta), de autoria de Richard James Wyatt. Começa sua primeira série de soluções de criptogramas na revista Alexander’s Weekly Messenger.
1840 – Filadélfia. Publica Tales of the Grotesque and Arabes­que, reimpressão de 24 de seus contos, com a adição de uma história cômica ainda não publicada, “Why the Little Frenchman Wears his Hand in a Sling?” (Por que o fran­cesinho usa uma tipóia?). Discute com William Burton e é demitido. Em um esforço para fundar sua própria revista literária, ele distribui uma circular denominada “Prospectus for The Penn Magazine”, mas não obtém apoio financeiro suficiente. Publica “Sonnet – Silen­ce”, o conto satírico “The Businessman” (O comerciante) e o texto apócrifo que inti­tu­lou “The Journal (O diário) of Julius Rodman”. Em novembro, Burton vende sua revista para George Graham, que a unifica com sua própria revista, The Casket (O ataúde) para formar a Graham’s Magazine. Apesar de sua discussão com Poe no início do ano, aparentemente Burton o recomenda a Graham e, em dezembro, Poe contribui com o conto gótico “The Man in the Crowd” (O homem da multidão) para o primeiro número da “nova” revista.
1841 – Filadélfia. Torna-se editor associado de Graham’s. Contribui com a história de raciocínio detetivesco “The Murders in the Rue Morgue” (Os assassinatos da rua Morgue); a aventura gótica “A Descent into the Maelström” (Descida ao redemoinho ou Descida ao Maelström); o idílio soturno “The Island of the Fay” (A ilha da fada); o irônico “Colloquy of Monos and Una”; e o satírico “Never Bet the Devil Your Head” (Nunca aposte sua cabeça com o Diabo). Continua a publicar em outras revistas, notadamente “Eleonora”, em The Gift, ao passo que, em um artigo publicado pelo Saturday Evening Post, prediz com acurácia o desfecho de Barnaby Rudge, novela de Dickens, a partir do primeiro capítulo.
1842 – Filadélfia. Em janeiro, Virgínia sofre uma hemorragia, primeiro sinal sério de uma doença que levará sua vida cinco anos depois. Poe encontra-se com Dickens. Demite-se da revista Graham’s depois de uma disputa sobre privilégios editoriais. Trabalha em uma nova coleção de histórias em dois volumes, em que obras cômicas são cuidadosamente alternadas com trabalhos sérios, a ser intitulada Phantasy-Pieces, em imitação do livro alemão Phantasiestücke, que nunca chega a ser publicado. No outono, publica “The Pit and the Pendulum” (O poço e o pêndulo); “The Landscape Garden” (O jardim formal) e “The Mystery of Marie Roget”.
1843 – Filadélfia. Passa a colaborar na nova revista de James Russell Lowell, The Pioneer (O pioneiro), publicando em suas páginas “Lenore”, “The Tell-Tale Heart” (O coração denunciador) e um ensaio sobre versos ingleses (que mais tarde se torna “The Rationale of Verse” – Os fundamentos lógicos do verso). Todavia, a revista só publica três números e Poe novamente tenta estabelecer uma revista indepen­dente, que desta vez se deveria chamar The Stylus, e falha de novo. Em junho, “The Gold Bug” (O escaravelho de ouro) ganha um prêmio de cem dólares oferecido pelo Do­llar Newspaper, de Filadélfia, que é amplamente reim­pres­so. Encorajado pelo sucesso imediato dessa história, Graham começa a “publicação em partes” de The Prose Romances of Edgar A. Poe, cujo primeiro número apresen­ta o conto sério “The Mur­ders in the Rue Morgue” juntamente com o cômico “The Man That Was Used Up”. No outono, o conto gótico “The Black Cat” (O gato preto) é seguido pelas histórias cômicas “The Elk” (O alce) e “Diddling Consi­de­red As One of the Exact Sciences” (A trapaça considerada como uma ciência exata). Começa um circuito de conferên­cias em novembro, com o tema “Poets and Poetry in America”.
1844 – Filadélfia e Nova York. Continua suas conferências sobre a poesia americana, ao mesmo tempo que contribui para grande variedade de revistas. Notáveis são a história cômica “The Spectacles” (Os óculos) e o conto de ocultismo “The Tale of the Ragged Mountains” (Conto das montanhas escarpadas). Consegue um emprego como redator no New York Evening Mirror e transfere sua família para Nova York, no­ta­bilizando sua chegada com uma fraude jornalística que alcança pleno sucesso no New York Sun, sobre uma pretensa viagem de balão através do Atlântico. Continua a publicar prolificamente em grande variedade de revistas e jornais as histórias tragicômicas: “The Premature Burial” (O funeral prematuro); “Mes­­meric Revelation” (Revelação hipnótica) e “The Oblong Box” (A caixa comprida) e a sátira cômica “The Angel of the Odd” (O anjo da estranheza), que são seguidas pela peça de raciocínio “The Purloined Letter” (A carta roubada), seguida, por sua vez, por “Thou Art the Man” (Tu és o homem), uma paródia do gênero das histó­rias de detetive que ele tinha popularizado, se é que não foi seu inventor, durante os últimos três anos. Veio depois “The Literary Life of Thingum Bob”, uma sátira sobre Graham e outros editores. Em dezembro, ele come­çou a coluna Margi­na­lia (Notas à margem) na Demo­cratic Review, uma série contínua de comentários breves e alea­tórios sobre leitura, escrita e os caprichos da vida.
1845 – Nova York. Em janeiro, aparece “The Raven” (O corvo) no Evening Mirror. Continua sua turnê de conferên­cias. Publica as histórias satíricas “The Thousand and Second Tale of Scheherazade” (A milésima-segunda história de Scheherazade) e “Some Words with a Mummy” (Algumas palavras com uma múmia), seguidas pelo conto “filosófico” “The Power of Words” (O poder das palavras) e o tragicômico “Imp of the Perverse” (O demônio da perversidade). Passa a colaborar com a Broadway Journal. Reimprime nela muitos de seus poemas e contos, do mesmo modo que contribui com mais de sessenta revisões ou ensaios literários. Começa a “Little Longfellow War” (A pequena guerra com Longfellow), uma série de cinco artigos em que acusa de plágio Longfellow, uma das figuras literárias mais populares em sua época. Em junho, Evert Duyckinck escolhe doze das histórias de Poe e as publica através da firma nova-iorquina Wiley and Putnam, sob o título de Tales. Em outubro, continuando suas conferên­cias e leituras ao público, Poe lê “Al Aaraaf”, no Liceu de Boston, apresentando a peça, por brincadeira, como sendo de outro autor. Enquanto isto, os editores da Broadway Journal tinham se desentendido, o que levou Poe a pedir grandes somas emprestadas a seus amigos, de modo que, finalmente, se bem que por um período breve, se torna proprietário e editor de sua própria revista. Continua a publicar em diversas outras revistas; notavelmente, “The System of Dr. Tarr and Prof. Fether” e o tragicômico “Facts in the Case of M. Valdemar” (Os fatos que envolveram o caso de Mr. Valdemar). No final desse ano, Wiley and Putnam publicam The Raven and Other Poems (O corvo e outros poemas).
1846 – Nova York. Durante o inverno, uma doença força Poe a in­terromper a publicação da Broadway Journal, que havia sofrido prejuízos durante o ano de 1845. Contribui com o conto tragicômico “The Sphinx” (A esfinge) e o ensaio semi-sar­cástico “Philosophy of Composition” para outras revistas. Começa em maio “The Literati of New York City” na Go­dey’s, uma série de esboços levemente satíricos de escrito­res nova-iorquinos bem conhecidos, inclusive Thomas Dunn English, que publica uma réplica encolerizada no Evening Mirror. Poe faz a tréplica em julho e, ao mesmo tempo, processa o Mirror, que havia impresso diversos outros ataques à sua pessoa. Embora ele vença o processo de difamação em fevereiro seguinte, Godey encerra a coluna após seu sexto artigo, publicado em novembro. Poe conclui o ano com “The Cask of Amontillado” (O barril de amontillado).
1847 – Nova York. Em janeiro, morre Virginia, o que introduz o ano menos produtivo de Poe, durante o qual ele sofre de profunda depressão e busca socorro na embriaguez. Tudo quanto ele completa, além de versões atualizadas da revisão da obra de Hawthorne, publicada anteriormente em 1842, e de “The Landscape Garden”, são dois poemas: um deles “M. L. S.”, dedicado a Marie Louise Shew, a mulher que cuidou de Virginia nos últimos estágios de sua doença; e o outro, “Ulalume”, publicado em dezembro.
1848 – Nova York. Em fevereiro, faz uma conferência intitulada “The Universe”, na New York Society Library, um ensaio sobre o princípio da morte e da aniquilação como parte dos desígnios do Universo, que ele revisa para publicação em formato de livro no mês de julho como Eureka. Tenta uma série de ligações românticas: com Marie Louise Shew, no princípio do ano; com Annie Richmond, na metade; e com Sarah Helen Whitman, no final do ano. A sra. Whitman, uma viúva, noiva com Poe durante um breve período, mas logo rompe o noivado. No outono, em profunda depressão, ele pode ter tomado uma grande dose de láudano. Enquanto isso, “The Rationale of Verse” é publicado, juntamente com um segundo poema, “To Helen” (dedicado a Helen Whitman). Em dezembro, ele lê “The Poetic Principle” como uma conferência em Providence.
1849 – Nova York, Richmond e Baltimore. Embora ele continue a contribuir para grande variedade de revistas, neste período seu principal publicador é o Flag of Our Union, de Boston, um semanário bastante popular. Ali ele publica três poemas, de março a julho, incluindo o irônico “Eldorado” e “For Annie”. Também publica quatro contos, o tragicômico “Hop-Frog”; a falsa reportagem sobre a Corrida do Ouro, “Von Kem­pelen and His Discovery”; a sátira “X-ing a Para­grab”; e o idílico “Landor’s Cottage” (A cabana de Landor). No verão, passa dois meses em Richmond, onde propõe casamento a Sarah Elmira Royster Shelton, sua namorada de infância (agora viúva) e aparentemente é aceito. Vai a Baltimore no final de setembro, onde parece ter se entrega­do a uma bebedeira contínua. Foi encontrado semiconsciente em frente ao local em que funcionava uma seção eleitoral, no dia três de outubro. Morre na manhã de domingo, dia sete de outubro, de “congestão cerebral” – uma lesão do cérebro, talvez complicada por uma inflamação intestinal, um coração enfraquecido e diabetes. Sua morte é seguida pelo afrontoso e ofensivo aviso de óbito, escrito por Griswold, e pela publicação de dois de seus mais belos poemas, ambos tratando do triunfo final da morte: “Annabel Lee”, no dia nove de outubro, e “The Bells” (Os sinos), no princípio de novembro.

Mais livros de Edgar Allan Poe


Opinião do Leitor

luisa dias
rio janeiro

gostei muito

13/02/2019

Agatha

Rute
SP

Se você gostou do Livro A CABANA, ou se odiou o livro, mas mesmo assim leu, então você não pode deixar de ler o Livro RABISCOS DE DEUS-de Aluisio Nogueira-Editora Ágape: É sem dúvida um livro muito mais consistente e aborda as mesmas questões com uma história que prende o leitor do início ao fim, mas devo admitir que do meio em diante a história me conquistou, fiquei muito surpresa, admirada por ler um livro tão profundo sobre a existência humana. A história é envolvente e você embarca completamente naquela cidade e na vida da protagonista Celina que é uma mulher radiante! Além dos demais personagens fortes e vibrantes como o Vilão Navarro e Márcio um ativista social pouco religioso, mas com fé suficiente para transformar a vida de muita gente nessa história que tem Romance, Ação, Fé e todos os ingredientes de um Livro de suspense que mais parece um filme, um longa metragem maravilhoso que não consigo esquecer, já li diversas vezes. Foi um presente na minha vida! Assista ao Booktrailer: http://www.youtube.com/watch?v...

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18/11/2013