Henry Miller
Henry Miller (26 de dezembro de 1891, Nova York – 7 de junho de 1980, Califórnia) foi um controverso escritor norte-americano. Profeta da sensualidade, pornógrafo, gênio, maldito, lírico, egoísta, uma vida carregada de polêmica e adjetivos; um homem que cultivou a controvérsia como o combustível de uma vida longa e intensa.
Miller já tinha 69 anos quando sua primeira grande obra-prima, Trópico de Câncer, foi publicada legalmente nos Estados Unidos, quase trinta anos depois de ter sido escrita. Da noite para o dia, se viu transformado em homem rico e em respeitável decano da literatura norte-americana. Muito antes disso, no entanto, ele já era reconhecido como autor de raro talento e originalidade entre os escritores de seu país, que liam suas obras em edições francesas contrabandeadas para a Grã-Bretanha e para a América, e aclamado como uma figura fundamental na luta pela liberdade literária e individual.
A luta sempre foi a tônica da vida de Miller. Nascido no multirracial Brooklyn do final do século, filho de um alfaiate de origem alemã, desde cedo mostrou sinais da atitude descompromissada frente aos códigos sociais que marcaria sua literatura. Ao deixar a escola, Miller embarcou numa série de empregos e complexos relacionamentos sexuais que forneceram rica matéria-prima para suas novelas. Sobre seu processo, declarou: “fiz uso, ao longo desses livros, de irruptivos assaltos ao inconsciente, tais como sonhos, fantasia, burlesco, trocadilhos pantagruélicos etc., que emprestam à narrativa um caráter caótico, excêntrico, perplexo”.
A vida amorosa de Miller também foi marcada pela polêmica. Casado com June, manteve um triângulo amoroso com sua esposa e a escritora Anaïs Nin.
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