Em Psicologia das massas e análise do eu, Sigmund Freud investiga uma questão que sempre o inquietou: o que mantém coesa uma massa de pessoas? Este que é um dos chamados “textos sociais” do autor foi construído à luz dos então mais recentes estudos sobre antropologia e psicologia dos povos. Utilizando conceitos como identificação, regressão, idealização, libido e recalque, Freud esmiúça o funcionamento dos grandes grupos e os mecanismos inconscientes que propiciam que uma multidão de seres pensantes se submeta cegamente a um líder.
Gestada durante anos, mas publicada apenas em 1921, a obra traz, inerentes, ecos do momento histórico em que foi elaborada – em uma Europa devastada pela barbárie da guerra, ganhava força o movimento nazifascista. Porém, hoje, num mundo superpopuloso em que a individualidade muitas vezes é aniquilada pela força das multidões e em que a intolerância religiosa está na ordem do dia, fica ainda mais evidente a genialidade de Freud ao aplicar a psicanálise a outros campos do conhecimento, bem como o amplo alcance e a atualidade de seu pensamento.
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