O maior de todos os romances “Madame Bovary é como as estações de trem construídas à época de sua escritura: gracioso, até mesmo delicado, mas feito de ferro.”
John Updike
“Madame Bovary é muitas coisas – uma obra exemplar do sistema narrativo, o pináculo do realismo, a aniquilação do romantismo, um complexo estudo sobre o fracasso – e também o primeiro grande romance sobre compras e sexo.”
Julian Barnes
“Em Madame Bovary vemos os primeiros sinais de alienação que, um século depois, dominará homens e mulheres nas sociedades industrializadas... O drama de Emma é a distância entre ilusão e realidade.”
Mario Vargas Llosa
Publicado originalmente em 1857, após quase cinco anos durante os quais Gustave Flaubert (1821-1880) debruçou-se sobre intermináveis versões e correções do que seria sua obra-prima em busca da palavra exata, Madame Bovary é ainda hoje uma referência incontornável para os apreciadores da alta literatura. Lido, relido, inúmeras vezes adaptado, esmiuçado, o romance mais conhecido do seu autor e primeira obra-prima da ficção realista oferece-se em várias camadas: exemplo de perfeição literária, primoroso estudo de costumes da vida no interior da França em meados do século XIX, uma crítica à pequena burguesia e seus falsos valores, mas, sobretudo, a primeira vez em que foi abordada em profundidade na literatura a infelicidade e o declínio de uma mulher aparentemente bem casada.
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