Afonso, afinal, é um homem ou um inseto? Nem uma coisa nem outra, caro leitor. Nosso herói na verdade se chama Celina e é mãe (pai?) de Chico em tempo integral, além de bancária das nove às cinco. Até o dia em que, mais ou menos como o personagem de Kafka, acorda de sonhos intranquilos metamorfoseada em uma estranha criatura que faz xixi em pé e coça as partes íntimas em público.
Com pelos no corpo e um volume inesperado abaixo da barriga, Celina/Afonso não sabe se está diante de uma inédita catástrofe fenotípica ou de uma bela oportunidade para descobrir como funciona (ou não) o sexo oposto.
Com a capacidade de rir de tudo, a começar de si mesma, Claudia Tajes atrai o leitor de mansinho. Sem que percebamos, a leitura produz um efeito tal que também acabamos rindo de nós mesmos e da época em que vivemos. Para falar sério, sem nunca perder a ternura e o bom humor, tem que ser mesmo muito macha.
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Opinião do Leitor
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