Coleção L&PM Pocket


ELOGIO DA LOUCURA

ÉLOGE DE LA FOLIE

Erasmo

Tradução de Paulo Neves

Neste libelo do teólogo Erasmo de Rotterdam (1469-1536), quem fala é a Loucura. Sempre vista apenas como uma doença ou como uma característica negativa e indesejada, aqui ela é personificada na forma mais encantadora. E, já que ninguém mais lhe dá crédito por tudo o que faz pela humanidade, ela tece elogios a si mesma. O que seria da raça dos homens se a insanidade não os impulsionasse na direção do casamento? Seria suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não suprisse as pessoas de um ímpeto vital irracional e incoerente? Não é mérito da Loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e defeituosos?

Nas entrelinhas de Elogio da Loucura, o humanista Erasmo critica todos os racionalistas e escolásticos ortodoxos que punham o homem ao serviço da razão (e não o contrário) e estende um véu de compaixão por sobre a natureza humana. Pois a Loucura está por toda parte, e todos se identificarão com algum dos tipos de loucos contemplados pelo autor. Afinal, como ele próprio diz, "Está escrito no primeiro capítulo do Eclesiastes: O número dos loucos é infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com exceção de uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto esses poucos".

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Informações Gerais

  • Título:

    ELOGIO DA LOUCURA

  • Título Original:
    ÉLOGE DE LA FOLIE
  • Catálogo:
    Coleção L&PM Pocket
  • Gênero:
    Ensaios
    Filosofia Literatura clássica internacional
  • Etapa Escolar:
  • Referência:
    278
  • Cód.Barras:
    9788525412683
  • ISBN:
    978.85.254.1268-3
  • Páginas:
    144
  • Medidas:
    10,7 X 17,8 cm
  • Edição:
    abril de 2003

Vida & Obra

Erasmo

Erasmo Desidério ou Erasmo de Rotterdam, como ficou conhecido devido ao seu local de nascimento, ou ainda Voltaire Latino, apelido que lhe foi dado em virtude de suas críticas à Igreja Católica, é uma figura central para se entender as transformações pelas quais passou a fé religiosa e o pensamento ocidental, da Idade Média à época moderna.

Nasceu em meados do século XV, como fruto da ligação ilícita entre um padre e uma moça, e recebeu uma forte ed...

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Opinião do Leitor

Pedro Paulo
Natal/RN

Muito interessante. Vale a pena ler.

11/09/2011

Agatha

Janice de Almeida
Guarulhos-SP

É um livro bastante interessante no que concerne às suas características atuais, a forma como podemos nos identificar com essa figura feminina tão cheia de personalidade, tão resolvida, um tipo tão comum em nossos dias que acho ter vislumbrado a deusa Moria em algumas cenas sociais, num passado bem recente... Ela está mais próxima do que pensamos.

12/08/2011 09:49:29

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Neste libelo do teólogo Erasmo de Rotterdam (1469-1536), quem fala é a Loucura. Sempre vista apenas como uma doença ou como uma característica negativa e indesejada, aqui ela é personificada na forma mais encantadora. E, já que ninguém mais lhe dá crédito por tudo o que faz pela humanidade, ela tece elogios a si mesma. O que seria da raça dos homens se a insanidade não os impulsionasse na direção do casamento? Seria suportável a vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não suprisse as pessoas de um ímpeto vital irracional e incoerente? Não é mérito da Loucura haver no mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e defeituosos?

Nas entrelinhas de Elogio da Loucura, o humanista Erasmo critica todos os racionalistas e escolásticos ortodoxos que punham o homem ao serviço da razão (e não o contrário) e estende um véu de compaixão por sobre a natureza humana. Pois a Loucura está por toda parte, e todos se identificarão com algum dos tipos de loucos contemplados pelo autor. Afinal, como ele próprio diz, "Está escrito no primeiro capítulo do Eclesiastes: O número dos loucos é infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com exceção de uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto esses poucos".

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