Até Totem e tabu (1912-1913), Sigmund Freud (1856-1939) sempre se limitara a obras dedicadas estritamente à psicanálise, campo de estudos recém-aberto. Porém, a indagação quanto às origens e ao modo de transmissão de uma cultura (no caso, da sociedade moderna) conduziu sua atenção para a antropologia e para a etnopsicologia; Freud via, nos homens primitivos, mecanismos semelhantes aos operantes no homem moderno.
Detectou dois fenômenos recorrentes nas tribos primitivas: a representação do pai primordial na forma do totem e o tabu do incesto. Por meio de uma “dedução histórica”, Freud propõe a hipótese do “pai tirano”, cujo assassinato pelos filhos estaria na base do sentimento de culpa, da exogamia e da religião.
Considerada pelo próprio autor uma de suas obras mais importantes, Totem e tabu sinaliza a aproximação da psicanálise às humanidades. Esta edição traz o texto traduzido do alemão, possibilitando ao leitor brasileiro o contato direto com um dos trabalhos freudianos mais elegantes e aprazíveis.
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