Coleção L&PM Pocket


MEMÓRIAS DE MAIGRET (INÉDITO) - Georges Simenon

MEMÓRIAS DE MAIGRET (INÉDITO)

LES MÉMOIRES DE MAIGRET

Georges Simenon

Tradução de Paulo Neves

Memórias de Maigret é um livro que delicia fãs de Simenon e que apaixona os amantes de boa literatura. Mais do que dar voz a seu principal personagem, o comissário da polícia francesa Jules Maigret, Simenon promove uma verdadeira inversão de papéis: Maigret, o personagem, torna-se o narrador, enquanto que Simenon, o escritor, torna-se personagem.

A narrativa começa com Maigret tentando se lembrar em que ano conheceu Simenon, na época um romancista iniciante que assinava apenas Georges Sim. Como o título sugere, o comissário decide escrever suas memórias para deixar um registro da sua versão dos fatos, já que Simenon, ao torná-lo personagem de seus livros, acaba ficcionalizando sua vida além da conta.

A seguir, Maigret fala sobre sua infância no interior, a morte da mãe, a influência do pai e dos tios, a ida para Paris, os primeiros anos na Polícia, e conta como conheceu a esposa, Louise. Em um dos melhores momentos do livro, Maigret analisa a repercussão do personagem de Simenon no cinema e se compara com todos os atores que o interpretaram na tela – uns mais magros, outros mais velhos, alguns tão verossímeis que acredita ter sido secretamente observado por eles.

As reuniões na sede da Polícia também originaram diálogos antológicos entre criatura e criador. Em uma delas, quando Maigret reclama que Simenon está cometendo inexatidões técnicas em seus livros, o último afirma: “– A verdade nunca parece verdadeira. (...) Conte uma história qualquer a alguém. Se não a enfeitar, acharão inacreditável, artificial. Enfeite-a, e será mais verdadeira que o natural.”

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Informações Gerais

  • Título:

    MEMÓRIAS DE MAIGRET (INÉDITO)

  • Título Original:
    LES MÉMOIRES DE MAIGRET
  • Catálogo:
    Coleção L&PM Pocket
  • Gênero:
    Policial
    Literatura moderna internacional
  • Etapa Escolar:
  • Série:
    Simenon
  • Referência:
    531
  • Cód.Barras:
    9788525415776
  • ISBN:
    978.85.254.1577-6
  • Páginas:
    164

Vida & Obra

Georges Simenon

Nas primeira horas da sexta-feira dia 13 de fevereiro de 1903, nasce em Liège, na Bélgica, Georges Joseph Christian Simenon, filho do contador Desiré Simenon e Henriette. Supersticiosos, os pais registram o primogênito como nascido às 23 horas e 30 minutos do dia 12. Em 1906, nasce Christian, único irmão de Georges, que desempenhará um papel crucial nas relações da família: torna-se o preferido de Henriette, que relegará Georges a um segundo plano.

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Memórias de Maigret é um livro que delicia fãs de Simenon e que apaixona os amantes de boa literatura. Mais do que dar voz a seu principal personagem, o comissário da polícia francesa Jules Maigret, Simenon promove uma verdadeira inversão de papéis: Maigret, o personagem, torna-se o narrador, enquanto que Simenon, o escritor, torna-se personagem.

A narrativa começa com Maigret tentando se lembrar em que ano conheceu Simenon, na época um romancista iniciante que assinava apenas Georges Sim. Como o título sugere, o comissário decide escrever suas memórias para deixar um registro da sua versão dos fatos, já que Simenon, ao torná-lo personagem de seus livros, acaba ficcionalizando sua vida além da conta.

A seguir, Maigret fala sobre sua infância no interior, a morte da mãe, a influência do pai e dos tios, a ida para Paris, os primeiros anos na Polícia, e conta como conheceu a esposa, Louise. Em um dos melhores momentos do livro, Maigret analisa a repercussão do personagem de Simenon no cinema e se compara com todos os atores que o interpretaram na tela – uns mais magros, outros mais velhos, alguns tão verossímeis que acredita ter sido secretamente observado por eles.

As reuniões na sede da Polícia também originaram diálogos antológicos entre criatura e criador. Em uma delas, quando Maigret reclama que Simenon está cometendo inexatidões técnicas em seus livros, o último afirma: “– A verdade nunca parece verdadeira. (...) Conte uma história qualquer a alguém. Se não a enfeitar, acharão inacreditável, artificial. Enfeite-a, e será mais verdadeira que o natural.”

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