A história policial como grande arte
Prefácio de Lillian Hellman
Dashiell Hammett (1894-1961), autor de O falcão maltês, editor da legendária revista Black Mask, detetive da Agência Pinkerton, o homem que foi destruído fisicamente pela perseguição política no período do macarthismo, foi um dos maiores escritores americanos de todos os tempos. Com Raymond Chandler, fundou o gênero noir, elevando as histórias policiais à categoria de grande literatura. Seu detetive Sam Spade (protagonista de O falcão maltês) e Philip Marlowe, de Chandler, estão entre os grandes personagens da literatura contemporânea.
Como Chandler, construiu uma obra sólida, ambientada nos Estados Unidos do período da Grande Depressão. Uma literatura permeada por personagens que conviviam num submundo povoado por gângsteres, chantagistas, tiras corruptos, escroque s de todos os matizes, prostitutas generosas e caras durões – sua grande criação; homens que agüentavam porrada sem se queixar e que odiavam o fato de, no fundo, serem uns sentimentais.
O grande golpe é uma coletânea de alguns dos melhores contos de Hammett, a maioria girando em torno da agência de detetives Continental, que ele tornou célebre, e protagonizados por um detetive anônimo que narra as histórias em primeira pessoa. Uma obra-prima que volta às livrarias. Um privilégio para aqueles que apreciam a melhor literatura.
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Lillian Hellman escreve sobre Dashiell Hammett
Lillian Hellman (1905-1984), uma das maiores dramaturgas americanas, foi mulher de Dashiell Hammett por trinta anos e escreveu na introdução de O grande golpe (Coleção L&PM Pocket), um emocionante relato sobre o escritor. Confira o depoimento abaixo nas notícias relacionadas.
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