Será o livre-arbítrio de fato livre?
Tradução do alemão de Renato Zwick
Em 1837, Arthur Schopenhauer (1788-1860) leu em um jornal que a Real Sociedade Norueguesa anunciava um concurso sobre a questão: pode o livre-arbítrio humano ser conscientemente demonstrado? O filósofo enviou o presente ensaio e venceu o prêmio. A obra seria publicada em 1841.
Aqui o leitor encontrará uma investigação ético-filosófica acerca da liberdade humana. Schopenhauer argumenta que o homem é incapaz de agir apenas por si mesmo, isento de condicionantes, motivos e causas determinantes, e relega ao campo do mistério o que chamamos de livre-arbítrio. Segundo ele, o ser humano é prisioneiro de si mesmo, portanto nunca está inteiramente livre – premissa que, décadas mais tarde, já no século XX, viria a embasar a compreensão moderna sobre a condição humana e o pensamento existencialista.
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