A busca humana pela felicidade
Arthur Schopenhauer (1788-1860) é um dos mais importantes nomes da filosofia em língua alemã, junto com Kant, Hegel, Nietzsche e Wittgenstein. Mais de trinta anos após lançar as bases de sua filosofia em O mundo como vontade e representação, tornou-se conhecido por Parerga e paralipomena (1851). Deste vasto tratado de mais de mil páginas contendo aquilo que o próprio autor chamou de “escritos esparsos”, Aforismos para a sabedoria de vida compõe o segundo quarto.
Nestes ensaios, o pensador se dirige ao leitor com uma linguagem clara e acessível, deixando de lado terminologias filosóficas, para refletir sobre os principais fatores que influenciam a busca humana pela “boa vida” – uma existência agradável e moralmente justa. Um dos introdutores da filosofia oriental e budista aos pensadores europeus, Schopenhauer discorre sobre a amizade, a simplicidade, a felicidade, a vida, a morte, a honra, sempre com um olhar sereno e estável.
Aqui está, em toda sua exuberância, a sabedoria daquele que, admitindo a ausência de Deus e o sofrimento intrínseco à experiência humana, enxergava na reflexão, na arte e na conduta moral os grandes trunfos da humanidade, influenciando todos os pensadores posteriores.
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