23/06/2009
- Por L&PM Editores
Os livros de Raymond Chandler, considerado o mestre da literatura policial noir, acabam de ganhar edições comemorativas aos 70 anos de O sono eterno, o primeiro romance do escritor. O projeto gráfico, criado pelo designer Steven Marking, foi inspirado nas capas de pulp fiction (literatura policial barata) da década de 40 e 50, mesma época em que Chandler publicou a maior parte de sua obra.
Chandler foi um dos maiores escritores norte-americanos de todos os tempos e um dos inventores do gênero que a partir dos anos 40 estabeleceria um marco de qualidade e originalidade na literatura de língua inglesa: o policial noir. Considerado inicialmente como autor de pulp fiction aos poucos elevou-se do gênero policial para fundar com Dashiel Hammett, David Goodis e Chester Himes o novo estilo, menos popular, mas mais refinado. Ao contrário do policial tradicional, criado por Edgar Allan Poe (inspetor Dupin), Conan Doyle (Sherlock Holmes), Agatha Christie (inspetor Poirot e Miss Marple), Chester Himes (Padre Brown), entre outros, que privilegiavam o mistério e a solução de crimes complicadíssimo através da argúcia e do raciocínio lógico, Hammett e Chandler fizeram literatura no mais alto nível.
A sua mais genial criação, o fascinante detetive Philip Marlowe, figurou em oito romances como protagonista de tramas complicadas. Os personagens de seus livros, muito menos do que descobridores de criminosos, eram personagens contraditórios, cínicos, que transitavam pelas mansões de Bervely Hills e por sórdidos bares da periferia de Los Angels tentando ganhar a vida, trabalhando em casos geralmente banais, seguindo algum marido traído, ou um perigoso gangster por 25 dólares por dia.
Veja as primeiras edições comemorativas:
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